quarta-feira, 30 de março de 2011

ESPIRITUALIDADE: Reflexão a partir das leituras - 4º Domingo da Quaresma

Viver na claridade de Deus*
 

Continuamos nossa caminhada quaresmal celebrando o Quarto Domingo da Quaresma, o chamado Domingo da Alegria. A Quaresma é um tempo favorável para avaliarmos a nossa caminhada de cristãos, e um convite que passa por algumas etapas: as tentações que enfrentamos (I domingo), as experiências que fazemos de Deus (II Domingo), a bebermos da Água que jorra para a vida eterna (III Domingo), e neste Domingo, a cura do cego de nascença, que também são nossas cegueiras.
            As leituras deste domingo nos remetem à luz que vem de Deus. Mas, qual é a sua intensidade? Quais são as escuridões que, a Palavra de Deus, tem por finalidade clarear?
            A primeira leitura (1 Sm 16, 1.6-7.10-13) apresenta os critérios com os quais Deus nos julga. Ele não olha as aparências, nem as estaturas, mas o nosso coração, e este, agradando-Lhe ungi, consagra para uma missão.
            A segunda leitura (Ef 5, 8-14) Paulo nos convida a vivermos como filhos da luz. E como se vive? Ser filho da luz é ter um coração bom. É ser uma pessoa iluminado, como diz o ditado popular. Os seus frutos são sempre de bondade, justiça, verdade (v. 9) e a sua escuridão não é sinônimo de vergonha, nem de segredo.
            Qual a diferença, então, entre o homem da luz e o homem das trevas? o homem do dia e o homem da noite? o homem que enxerga e o homem que é cego? o Evangelho (Jo 9, 1-41) nos mostra. Primeiro Jesus não escolhe, mas ambos são acolhidos por Ele nas suas diferenças. No entanto, o homem da luz é aquele que se deixa ser alcançado e tocado por Jesus em sua escuridão, no seu estado de pecado; que faz o pedido d’Ele  (v.7); que não se esconde por traz de máscaras, nem de imagens, e não tem receio de seu passado (v.9); que conta a história de sua conversão e a sua libertação quantas vezes for preciso (v. 11. 15. 27); assume as suas responsabilidades e conseqüências e, por último, passa acreditar em Deus não apenas porque foi por Ele achado, mas porque a sua fé o levou a testemunhar a luz da graça em sua vida e exclamar: eu creio, Senhor (v. 38).
            E o homem das trevas, da noite, da cegueira, como o conhecemos?  gosta muito  das aparências, como fala a segunda leitura; age no segredo, de tal modo que faz até vergonha contar seus feitos; suas ações são sempre mapeadas e executadas na “noite” do tempo, ou seja, longe da presença da luz de Cristo. Judas ao trair Jesus saiu, diz São João e, que horas?... era noite (Jo 13, 30), isto é, no poder das trevas, da escuridão, da cegueira de não querer enxergar Cristo como único salvador; o homem da escuridão não enxerga o outro como irmão, de tal forma, que o cego de nascença do Evangelho não era conhecido pelos judeus, pois era um mendigo que pedia esmola nas proximidades do templo e, todos os dias, por mais de uma vez eles iam para fazer suas orações, mas nem se quer percebiam aquele cego.
            O homem das trevas não acredita que Deus pode fazer maravilhas; vive preso na sua própria lei e, por isso, quer ter provas. Para ele, a verdade nunca é plena, mas provada, precisa de testemunhas para averiguar o caso. Será que nos dias de hoje temos casos assim?
            A liturgia deste Quarto Domingo da Quaresma nos dá uma lição de vida prática.  Na verdade, Deus não quer que continuemos vivendo em nossas cegueiras, mas nos quer iluminar, nos quer voltados para Ele e deseja que as nossas escuridões sejam iluminadas pela “sua saliva”, selando, assim uma nova criação.
            Cabe, pois nos perguntar como fizeram os fariseus no final do Evangelho: porventura também nós somos cegos? (v. 40). Por que lá na nossa família, não estamos querendo enxergar o meu filho, o meu sobrinho, que está cego nas drogas? Por que não queremos enxergar o meu colega de serviço, a minha colega de serviço, que está no segredo, na escuridão, da infidelidade matrimonial? Por que estou preso nas meras aparências do lucro da minha empresa, do meu consultório, da minha loja e não enxergo o mendigo na calçada de minha casa? a resposta de Jesus à pergunta dos fariseus, também vale para nós: se fôsseis cegos, não teríeis culpa; mas, como dizeis ‘nós vemos’, o vosso pecado permanece (v.41), ou seja, se não tivéssemos ouvido a Palavra de Deus e o seu convite a uma mudança de vida, não teríamos culpas continuarmos na escuridão porque ninguém tinha nos alertado, mas como tivemos a oportunidade de escutá-la permanecer na mesmice será uma decisão pessoal, intransferível e imutável.
 
 
POR: Seminarista Wagner Carvalho.

terça-feira, 29 de março de 2011

PJ REALIZARÁ MAIS UMA VIA SACRA JOVEM

CARTAZ DE DIVULGAÇÃO

A Pastoral da Juventude de São Julião-PI, realizará na Sexta-feira Santa, dia 22/04/2011 mais uma encenação da Via Sacra, a mesma ocorrerá pelas ruas da cidade, e será iniciada às 16:30 hs na Igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Essa é a segunda vez em que os jovens se reunem para num gesto simbólico de representar a Paixão e Morte de Cristo, sendo que é de inteira responsabilidade do Grupo de Jovens, JUPROC - Juventude Protagonista de Cristo, toda a peça encenada bem como figurino e roteiro.

Este ano é com grande satisfação que a Pastoral da Juventude convida você e sua família para assistir a encenação da Via Sacra feita pelos Jovens.


POR: Júnior Sá.


Igreja de N.S.C apresenta a programação da Semana Santa 2011


A Semana Santa é uma tradição religiosa do Cristianismo que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Ela se inicia na celebração da entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, que ocorre do domingo de ramos, e tem seu término com a ressurreição de Jesus Cristo, que ocorre no domingo de Páscoa.

DOMINGO DE RAMOSNeste Domingo, aclamamos Jesus como o Messias que vemrealizar as promessas dos profetas e instaurar devidamenteo Reino do Deus da vida: justiça para os pobres e marginalizados, participação de todos nos bens e na construção da sociedade, enfim, a realização plena do sonho de Deus para este mundo e a certeza da vida nova prenunciada para todos na Ressurreição
de Jesus. É muito importante a participação na procissão neste dia. Os ramos devem ser conservados como sinal e testemunho da fé em Cristo e na vitória Pascal.

TRÍDUO PASCAL (Quinta, Sexta e Sábado)O Tríduo Pascal da Paixão e Ressurreição do Senhor começa com a missa da Ceia do Senhor, possui o seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as vésperas do Domingo da Ressurreição.

MISSA DA CEIA DO SENHOR (Quinta-feira Santa)Nos recorda a Ceia do Senhor. Quando ele prediz sua Paixão e Morte e despede-se dos apóstolos na última ceia. Neste dia Jesus instituiu a Eucaristia e o Sacerdócio. Na celebração o sacerdote lava os pés de doze pessoas convidadas, na tradicional cerimônia chamada de  Missa do Lava-pés, recordando o gesto de Jesus em lavar os pés de seus discípulos e a dizer: Amai vos uns aos outros, como Eu vos amei, significado que devemos servir uns aos outros com total humildade, gratuidade e amor. Ao final da missa se faz a Transladação do Santíssimo Sacramento e, em seguida, a adoração.

PAIXÃO DO SENHOR (Sexta-feira Santa)Neste dia a Igreja recomenda jejum e abstinência total de carne. Não se  celebra missa ou qualquer sacramento e comunga-se as hóstias consagradas na Quinta-feira Santa. A celebração central é a das 15 horas, em que, segundo a tradição, Jesus morreu.

VIGÍLIA PASCAL (Sábado Santo)Celebramos a Vigília Pascal. A Ressurreição de Jesus é o milagre do começo da vida, vida nova a partir da morte. O Círio Pascal, aceso com o fogo novo, representa o Cristo ressuscitado, luz que ilumina o mundo.

DOMINGO DA PÁSCOA DO SENHORPáscoa significa passagem. A Páscoa de Cristo é a sua passagem da morte na cruz para a ressurreição. A Páscoa é o mistério unificador de toda a nossa
fé cristã, sendo, assim, a festa principal da Igreja.

Na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, já é de costume celebrar a Semana Santa, pois estes são momentos de fé e oração em que somos chamados a Celebrar vida e morte, daquele que deu sua vida morrendo para nos salvar.

Este ano de 2011, apresentamos a programação completa da Semana Santa, no intúito de termos conosco a sua importante presença e levar mais corações para Deus. E teremos como Celebrante, durante toda a semana, o Frei Waldemar - Teresina-PI.

CONFIRA ABAIXO A PROGRAMAÇÃO:

Clique na imagem para ver em tamanho maior



POR: Júnior Sá.

Comunidade de Macambira encerra festejo de São José



A Comunidade de Macambira, encerrou no último dia 19 de Março, mais um festejo ao seu Padroeiro São José e contou com um número de fiéis ainda maior que nos anos anteriores.
Este ano foi celebrado com o tema "Com São José somos chamados a cuidar da vida no planeta" em que todos os noitários puderam celebrar fé e vida, ao mesmo tempo em que se trabalhava a Campanha da Fraternidade 2011.
A Comunidade se surpreendeu com a grande quantidade de fiéis que vieram prestigiar essa grande festa, sendo que todas as demais comunidades puderam participar abrimentando o festejo e rezando o novenário juntamante com a comunidade, sendo que na maioria das noites houve missa celebrada pelo Pe. Antonio Mendes Neto.

CONFIRA ABAIXO AS FOTOS:








POR: Júnior Sá.

segunda-feira, 14 de março de 2011

MEIO AMBIENTE: Defender é Preciso!

        

         O homem é o maior predador da natureza e de se mesmo. A gravidade dos problemas gerados por essa atitude predatória, com o passar do tempo, despertou para a necessidade de uma consciência ecológica, voltada à preservação do meio em que prolifera a vida.
         O meio ambiente sempre foi condenado à degradação humana desde os tempos em que surgiram a industrialização, os graus de efeito químico destruidor e o consumismo acelerado, por isso hoje surge à necessidade de uma busca incessante de soluções cabíveis para resolver os problemas ambientais que são reações de nossas ações.
         Estamos numa época em que preservar os ecossistemas do planeta é mais que avanço, é uma questão de continuidade das espécies animais e vegetais, incluindo-se principalmente nós, humanos. A tecnologia, em alguns casos, é vista como a causa de muitos problemas ambientais, porém, é por meio dela que se desenvolvem projetos científicos que visam amenizar os transtornos causados à terra, neste caso, a tecnologia significa conhecimento e não vemos contrastes com o meio ambiente. A era tecnológica precisa atuar a serviço do bem-estar, na qualidade de vida muito mais do que e favor de um conforto momentâneo, para que dessa forma atue sem causar nenhum transtorno ambiental.
         Efeitos como racionamento de água, escassez dos recursos hídricos, aquecimento global, chuvas ácidas e desertificação despertam a consciência de que o planeta é atingido por grandes problemas, e que seus danos são, quase sempre, irreversíveis.
         Portanto, o que se pode fazer é defender, proteger e preservar o lugar em que se mora, além de toda a vida nele presente, pois, este planeta é a nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.


POR: Júnior Sá.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Homens começam a rezar o Terço nas ruas

Iniciou-se nesta segunda-feira dia 07/03/2011, a campanha de evangelização do Terço dos Homens Mãe Rainha, da Área Pastoral de Nossa Senhora da Conceição, São Julião-PI, trata-se de uma forma dinamizada de levar o movimento as ruas e tentar abranger uma maior quantidade de homens.
O Terço dos Homens Mãe e Rainha teve seu inicio no ano de 1998, em Pernambuco, com irradiação no Santuário da Mãe e Rainha em Olinda- PE. É um grupo que visa resgatar a ação do homem na igreja, como apóstolo e gestor de um mundo novo, unido a Maria, nossa Mãe e Rainha, e tendo Ela como mestra que nos conduz no caminho de fé, levando a Cristo e a Deus Pai.
O PORQUE de somente Homens.
Todos nós, homens e mulheres nascemos com determinadas forças psíquicas que no nosso crescer terão um papel importante no futuro. Todavia este crescimento está condicionado à diferenças de mentalidade e do próprio meio ambiente onde ele se desenvolva. Estes fatores terão amanhã, grande importância na nossa maneira de ser e no nosso agir e irradiar. Sabemos bem como as mentalidades masculina e feminina são distintas e como reagem de modos diferentes perante os mesmos acontecimentos. Há que ter em conta tudo isto para que depois se saiba aproveitar e tirar o melhor rendimento de tão preciosas energias.
            Na cidade de São Julião já está em ação desde o ano de 2009, e até então os homens se reuniam todas as segundas-feiras, às 19:00 hs, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição para juntos rezar o Terço. Porém com a Campanha de Evangelização o Terço será rezado de maneira alternada, uma semana nas ruas outra na Igreja, no horário já de costume, sendo que no dia em que o mesmo for nas ruas, os Homens do Terço visitaram todas as casas da rua escolhida convidando os demais homens para o Terço.
        A Campanha pretende envolver toda a Família.
Ela pretende criar um clima que vá envolvendo toda a família.
A esposa que normalmente é o elemento mais devoto deverá ser ela a primeira a despertar o marido e filhos, mas sem insistências. Deixar para eles o poder de decisão E no dia e horário do terço, reze-se o terço em casa, com a restante da família. Desta forma teremos uma maneira simples de envolver a nossa própria família num clima de oração. A Igreja de nossos dias tem muita necessidade de homens participantes.

“Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido,
mas aqueles que vão acompanhados com certeza
chegarão mais longe...”

Temos um só objetivo, levar mais corações para Deus e
para nossa Mãe Rainha, portanto seremos uma só
voz!!!

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POR: Júnior Sá.

ESPIRITUALIDADE: Reflexão a partir das leituras - I Domingo da Quaresma

I LEITURA - Gn 2, 7-9; 3, 1-7
SALMO RESPONSORIAL - 50
II LEITURA - Rm 5, 12-19
EVANGELHO - Mt 4, 1-11


A Quaresma constitui um tempo litúrgico em que a Igreja nos convida a refletirmos sobre o nosso agir cristão. Convoca-nos a uma plena mudança de vida, de revermos nossos conceitos e ações.
A liturgia deste primeiro Domingo da Quaresma nos mostra o caminho percorrido por toda a humanidade, entre os dois percursos: de um lado, o seu desejo de viver o projeto de Deus, do outro, o poder do mal que atormenta cada cristão decorrido do pecado original.
Na Primeira Leitura, (Gn 2, 7-9; 3, 1-7), temos inicialmente a bondade de Deus que forma o homem (v. 7) e coloca a sua disposição todos os aspectos atraentes (2, 9). Somente num segundo momento, a sedução do mal é apresentada, que o autor sagrado, a personifica na serpente (3, 1).
Interessante perceber que a mulher, uma vez se aproximando da serpenta, ou seja, enquanto dialoga com ela, aos poucos vai sendo atraída pela mesma, de tal forma que por duas vezes deturpa a mensagem de Deus: a primeira quando se refere ao não comer do fruto da árvore que se encontra no meio do jardim (3,2), enquanto que Deus em Gn 2, 9 orienta que somente desta árvore, árvore da vida, é que se deve comer. A segunda é que ela, a mulher, acrescenta palavras às de Deus. Não tocareis (3,3) enquanto na verdade Deus pede apenas para não comer os seus frutos.
O pecado é, pois, ofuscar a mensagem de Deus. É ir contra a sua vontade, Isto é, desobedecer ao seu projeto o que provoca um rompimento vertical (com Deus) e por um só fruto (3,6) suscita um "desligamento horizontal", ou seja, não existe um pecado pessoal, individual, sem que não haja uma conseqüência "social", comunitária. Ele uma vez cometido, passa a ser vivido também nos outros.
Na Segunda Leitura da Carta aos Romanos, (Rm 5, 12-19), Paulo nos apresenta este "marido", o homem velho seduzido pelo pecado e o homem novo, Jesus Cristo. O velho Adão é a figura provisória daquele que devia vir (v. 14) e mostra os frutos da ação de ambos. Adão transgride a lei e leva a multidão humana à morte (rompimento vertical). Deus, de um modo bem superior e abundante, derrama a sua graça como dom gratuito sobre todos (ligamento vertical-horizontal). Por meio daquele o pecado resultou em julgamento, por meio de Cristo, o dom da graça justificou. Por meio de Adão a morte começou a reinar, por intermédio de Cristo, a vida superabundou. Pela falta de Adão acarretou a condenação, pelo ato de justiça de Cristo veio à justificação. Pela desobediência do velho homem, Adão levou a todos uma situação de pecado, mas pela obediência de um só homem, Jesus Cristo, este levou a humanidade toda a uma situação de justiça. Neste sentido, a Constituição Gaudium et Spes, número 22 afirma: "... Adão, o primeiro homem, era efetivamente figura daquele futuro, isto é, de Cristo Senhor. Cristo novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e descobre-lhe a sua vocação sublime...".
O Evangelho (Mt 4, 1-11) nos mostra a tensão destas duas forças antagônicas: aquela que é nata a pessoa humana de fazer o bem e aquela que é fruto do pecado. Jesus por três vezes é tentado pelo diabo (v.1). Inicialmente ele pede a Jesus que transforme as pedras em pães. Fato semelhante acontece com a mulher da primeira leitura. Ela é seduzida e come o fruto da perdição, Jesus sabiamente responde com as palavras de Deus afirmando que o homem não vive somente do pão, do fruto, mas também da Árvore da vida.
Da segunda vez o tentador leva Jesus à cidade santa (v. 5), a parte mais alta do templo. Um lugar privilegiado, da mesma forma que Deus colocou o homem no Jardim do Éden. Jesus, no entanto, não cai no precipício, os seus olhos embora abertos contempla, desde então, a pureza e a nudez da criação de Deus. Por último, o diabo leva Jesus para um monte muito alto (v. 8), afim de que, deste lugar Cristo governe o reino do mundo. Jesus com sua sabedoria divina o expulsa porque o "seu Reino não é deste mundo".
A liturgia deste primeiro domingo da Quaresma nos oferece muitos pontos práticos que podemos aplicar no nosso dia-a-dia. Primeiro, o pecado nos atrai e, deste modo, encontramos sempre desculpas para não participar da vida da comunidade e vivermos em "nosso cantinho"; ele abre os nossos olhos para as coisas do mundo e passamos a adorar outros deuses, basta verificarmos quantas pessoas não faz do seu corpo um deus? e mais, o pecado mesmo sendo pessoal, individual, ele sempre se desmancha no meio da comunidade;
Quantas pessoas em nossas paróquias, áreas e comunidades não estão com as tangas do velho Adão, tecidas com o desânimo e os frutos do gosto ruim? que querem viver sempre na desobediência da comunidade e criando para si o novo Adão?
Por fim, a tentação aparece também àqueles que rezam. Quem reza não está isenta dos sofrimentos da vida, no entanto, pode enfrentá-los com mais ousadia e sabedoria. A pessoa que reza não é seduzida pelos elogios nem pelo status, nem muito menos, se afasta do projeto de Deus, pois quem a escolhe é o próprio Cristo, ou seja, os chamados e escolhidos por Deus faz um movimento ascendente: com Cristo eles seguem e fazem uma experiência na montanha (Mt 17, 1), e quando o inverso acontece, isto é, quando somos nós que nos escolhemos para executar a missão de Deus escolhemos sempre as partes mais altas do templo (Mt 4, 5) ou o monte muito alto para que as outras pessoas nos vejam acontecendo assim um movimento descendente.
A Quaresma, portanto, que hora iniciamos é um convite que Cristo nos faz para sermos pessoas novas n’Ele, por Ele e com Ele. A vencermos nossas tentações de cada dia e a continuarmos sempre conduzidos pelo Espírito que nos dá nova vida, rezando e pedindo com o salmista: Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido (Sl 50).


POR: Wagner Francisco de Sousa Carvalho (Seminarista)
POSTAGEM: Júnior Sá